terça-feira, 29 de março de 2011

IMPORTANTE

Medicamentos contra Parkinson podem causar problemas para controlar impulsividade


Investigadores da Mayo Clinic, nos EUA, descobriram que uma classe de medicamentos usada no tratamento da doença de Parkinson aumenta os riscos de desenvolvimento de transtornos do impulso em até 22% dos pacientes, avança o site ISaúde.

Os agonistas da dopamina, que incluem o pramipexol e ropinirole, são comummente utilizados para tratar a doença de Parkinson. As drogas estimulam o circuito límbico do cérebro que os investigadores acreditam ser o caminho para os comportamentos hedonistas e de recompensa. Os medicamentos têm sido associados a transtornos de impulsos, tais como controlo de jogo patológico, hipersexualidade e comportamentos compulsivos, como compulsão alimentar, gastos ou uso do computador.

Os investigadores, liderados por Anhar Hassan, analisaram os registos de doentes com doença de Parkinson por um período de dois anos.

"Durante esse tempo, estávamos subtilmente cientes de que transtornos do impulso podiam ocorrer com estes fármacos agonista da dopamina. Se encontrassem um paciente que estava a tomar este medicamento, perguntávamos a ele ou um membro da família se tinham notado qualquer novo tipo de comportamento. O que descobrimos foi que 22% dos pacientes durante esse período apresentaram um novo transtorno do controlo dos impulsos", disse ela.

O estudo descobriu que quanto maior a dose, maior a probabilidade de um comportamento de controlo dos impulsos.

"Um em cada quatro pacientes que estavam a receber uma dose média terapêutica do medicamento teve uma desordem do controle dos impulsos", disse Hassan. "Para os pacientes que estavam a tomar uma maior dose dos medicamentos, cerca de um em três desenvolveu uma desordem do controlo dos impulsos".

"Os doentes a tomar agonistas dopaminérgicos devem estar cientes do potencial de mudanças comportamentais para que possam ser detectadas precocemente, antes que eles ou as suas famílias sejam prejudicados", acrescentou a cientista.

Os investigadores relataram que uma vez que um novo comportamento é identificado, a redução ou a interrupção da medicação geralmente resolve o problema em poucos dias a um mês.

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