sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Café pode reduzir chances de desenvolver mal de Parkinson


De acordo com uma nova pesquisa, beber café regularmente -de duas a três xícaras diárias- reduz as chances de desenvolver o mal de Parkinson em até um quarto. A informação foi publicada nesta quinta-feira no site do jornal britânico "Telegraph".

O estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Porto, em Portugal, analisou 26 pesquisas anteriores e foi publicado na revista "Journal of Alzheimer's Disease".

Agrupando os resultados, a equipe encontrou uma redução de 25% na chance de desenvolver a doença entre consumidores regulares de café. No entanto, esse número caiu para 14% quando eles estudaram somente mulheres.

Os cientistas ainda descobriram uma ligação direta entre a quantidade de café consumido e a extensão do efeito protetor conferido a ele. A queda do risco para um quarto aconteceu entre aqueles que bebiam entre duas e três xícaras por dia.

Segundo os pesquisadores, "este estudo confirma uma associação inversa entre o consumo de cafeína e o risco de Parkinson, que dificilmente pode ser explicada".

No início deste mês, uma pesquisa semelhante publicada na mesma revista sugeriu que a bebida protege contra o desenvolvimento do Alzheimer.

Keiran Breen, diretor de pesquisa e desenvolvimento da instituição de caridade de Parkinson no Reino Unido, declarou: "Nos últimos anos, surgiram diversos trabalhos científicos que relacionam cafeína e mal de Parkinson".

Segundo o diretor, a personalidade é uma das razões pela qual as pessoas se tornam consumidoras de café ou álcool, por exemplo, e o estilo de vida pode ser determinante para determinar se a pessoa vai desenvolver Alzheimer.

"Eu não diria que as pessoas deviam começar a beber o café agora, para que não desenvolvam Parkinson. Mas é possível que isso seja uma dica e que o café ou a cafeína poderiam ter algum tipo de propriedade de proteção", explicou Breen.



Folha Online