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Um brasileiro está revolucionando a neurociência e pode estar perto de descobrir um caminho para atenuar os sintomas do mal de Parkinson, doença que atinge cerca de 200 mil brasileiros - e que se caracteriza pelo mau funcionamento dos neurônios. O novo tratamento deve ser testado em humanos no ano que vem.
O Mais Você convidou o médico Manoel Jacobsen Teixeira, neurocirurgião e grande especialista em doenças como o mal de Parkinson, para explicar melhor o que é a doença e o significado da pesquisa do neurocientista Miguel Nicolelis.
Ana Maria também recebeu a apresentadora Xuxa. A mãe da rainha dos baixinhos tem a doença e ela aproveitou para tirar algumas dúvidas. “Minha mãe toma remédios há alguns anos e a quantidade de remédios é muito grande! Queria saber se essas técnicas que estão surgindo melhoram problemas decorrentes dos remédios. Uma pessoa que teve, por exemplo, um comprometimento na fala, ela pode voltar a falar normalmente?”, perguntou Xuxa.
Segundo o médico, é possível ter bons resultados com a cirurgia. Manoel Jacobsen acrescentou que, ao contrário do que muitas pessoas imaginam, a doença pode atingir os jovens. “Pessoas de menos idade podem ter a doença com as mesmas características”, falou.
Ana Maria recebeu ainda a psicóloga Monica de Oliveira Souto, que sofre do mal de Parkinson há onze anos e já escreveu um livro sobre o assunto. “É bom procurar ajuda nos grupos de apoio. Quando a pessoa se isola, ela perde a esperança”, falou.
Xuxa contou ainda que, no início, sua mãe associava o tremor que tinha ao cansaço. “No início existe muita falta de informação. Eu também vejo que quem tem Parkinson fica irritado com o desgaste dos inúmeros tratamentos. E o que a gente faz quando chega a esse ponto? E o que pode ser feito para melhorar o quadro, já que, com o tempo ‘a coisa’ tende a piorar? Tem que ter esperança e fico muito nervosa quando dizem que não tem cura”, desabafou Xuxa.
O médico respondeu que a doença ainda não tem cura, mas é possível melhorar a vida de quem sofre da doença. “É uma doença degenerativa progressiva. Manter as atividades física e mental é fundamental. As cirurgias tratam dos sintomas e não interferem na doença em si e na degeneração do sistema nervoso. Ainda não se sabe se a cirurgia estaciona a doença. Muitos doentes têm evolução muito rápida da doença. Já outros têm evolução muito lenta. Cada caso é um caso, mas manter as atividades é o mais importante”, ressaltou.