quinta-feira, 31 de março de 2011

Superação

Após descobrir Parkinson, ex-triatleta se aventura na Travessia dos Fortes
Susana Schnarndorf foi campeã brasileira e teve doença diagnosticada em 2009; mãe de três crianças, a gaúcha dedica a volta por cima ao treinador

Por Marcus Assunção e Rafael Honório Rio de Janeiro
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Um exemplo de superação. A frase é batida, mas bem poderia ser o título do livro da vida de Susana Schnarndorf. A gaúcha radicada no Rio de Janeiro foi campeã brasileira de triatlo, disputou os Jogos Pan-Americanos de 1995 e participou de três IronMans, a principal competição de triatlo do mundo. Tudo isso antes de descobrir que era portadora do Mal de Parkinson, em 2009. A doença degenerativa afetou o lado esquerdo do corpo e acabou afastando a atleta do seu esporte favorito. Mas ela não se entregou e se dedicou à natação paraolímpica. Na Travessia dos Fortes de 2011, Susana irá disputar a categoria de portadores de deficiência e irá nadar por 3,35km de Copacabana ao Leme. Será a segunda experiência dela na prova, mas a primeira como para-atleta. Ela estreou na competição apenas um ano antes de diagnosticar a doença.

- Eu nado desde pequena, desde a idade dos meus filhos. Sempre fui muito ligada ao esporte: nadei primeiro, depois fui triatleta vários anos. Agora, depois de ter esse problema físico, eu comecei na paranatação. Estou treinando mais para prova de piscina, mas quando tem travessias, eu disputo também, porque eu gosto bastante de nadar no mar. Eu tenho todo o lado esquerdo comprometido, não tenho os movimentos da mão, o braço é dificil de mexer, é uma rigidez muscular. Eu nado mais com o lado direito, o esquerdo é mais arrastado: ele atrapalha, mas eu tento esquecer isso. Entro na água, treino e mantenho o foco para chegar lá - disse.
30/03/2011 08h00 - Atualizado em 30/03/2011 14h51
Após descobrir Parkinson, ex-triatleta se aventura na Travessia dos Fortes
Susana Schnarndorf foi campeã brasileira e teve doença diagnosticada em 2009; mãe de três crianças, a gaúcha dedica a volta por cima ao treinador

Por Marcus Assunção e Rafael Honório Rio de Janeiro
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Um exemplo de superação. A frase é batida, mas bem poderia ser o título do livro da vida de Susana Schnarndorf. A gaúcha radicada no Rio de Janeiro foi campeã brasileira de triatlo, disputou os Jogos Pan-Americanos de 1995 e participou de três IronMans, a principal competição de triatlo do mundo. Tudo isso antes de descobrir que era portadora do Mal de Parkinson, em 2009. A doença degenerativa afetou o lado esquerdo do corpo e acabou afastando a atleta do seu esporte favorito. Mas ela não se entregou e se dedicou à natação paraolímpica. Na Travessia dos Fortes de 2011, Susana irá disputar a categoria de portadores de deficiência e irá nadar por 3,35km de Copacabana ao Leme. Será a segunda experiência dela na prova, mas a primeira como para-atleta. Ela estreou na competição apenas um ano antes de diagnosticar a doença.

- Eu nado desde pequena, desde a idade dos meus filhos. Sempre fui muito ligada ao esporte: nadei primeiro, depois fui triatleta vários anos. Agora, depois de ter esse problema físico, eu comecei na paranatação. Estou treinando mais para prova de piscina, mas quando tem travessias, eu disputo também, porque eu gosto bastante de nadar no mar. Eu tenho todo o lado esquerdo comprometido, não tenho os movimentos da mão, o braço é dificil de mexer, é uma rigidez muscular. Eu nado mais com o lado direito, o esquerdo é mais arrastado: ele atrapalha, mas eu tento esquecer isso. Entro na água, treino e mantenho o foco para chegar lá - disse.

Além de para-atleta, Susana ainda é mãe de três novos triatletas. Os filhos - todos com nomes havaianos - Kaillani, de 13 anos, Kaipo, de 9, e Maila, de 5, já competiram várias vezes e mostraram muito orgulho da superação da mãe. Eles são frutos do relacionamento da gaúcha com o marido também triatleta.
Susana Schnarndorf Travessia dos Fortes (Foto: Reprodução)Susana recebeu a companhia dos filhos em gravação
na praia do Leme, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução)

- Meus filhos ficaram muito orgulhosos. Eles sofreram junto comigo na fase que eu fique mal. Agora, estão superfelizes e orgulhosos de me ver competindo de novo - comentou.

- Minha mãe é uma campeã - disse Kaillani, o filho mais velho.

Aos 43 anos, a atleta consegue enxergar a superação de maneira positiva. Segundo a gaúcha, ela passou por etapas ao descobrir a doença: primeiro raiva e depois tristeza. Mas a alegria voltou com o retorno aos exercícios físicos, sob o comando de Murilo Barreto.

- Foi uma fase bem difícil, porque eu sempre fui atleta e isso fazia parte do meu cotidiano: treinar e competir. Quando eu soube que tinha a doença, foi um choque. Mas, agora, eu descobri o esporte paraolímpico. O meu treinador me apresentou esse mundo novo e essa oportunidade de continuar competindo. Estou tentando uma vaga nos Jogos Parapan e quem sabe a Paraolimpíadas do ano que vem. Fechou uma porta e abriram várias outras, descobri pessoas maravilhosas no esporte paraolímpico. Falo que o meu técnico foi um anjo na minha vida, me tirou do fundo do poço e me deu uma nova chance - lembrou.

A Travessia dos Fortes acontece no próximo domingo, dia 3 de abril. O evento será transmitido ao vivo no Esporte Espetacular, da TV Globo. A largada está prevista para as 10h. A categoria dos para-atletas, onde Susana irá competir, largará às 10h30m.

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